sexta-feira, 19 de setembro de 2008


"Continuaram a acariciar-se sem desejo e atormentando-se com as súplicas e as recordações. Saborearam a amargura de uma despedida que pressentiam, mas que ainda podiam confundir com uma reconciliação. "



Rubem Alves




quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Dark Dream


Hoje eu sonhei que estava doente, e ele tinha vindo me visitar. Lembro que chorei durante quase todo o sonho, enquanto ele me acalmava.
Acordei e chorei de verdade. Aff, tinha prometido pra mim mesma que não iria mais escrever sobre as minhas lamentações amorosas aqui nesse blog. Mas vi que ele me visitou aqui.
E minha cabecinha lateja, só pensando: será que ele está com saudade? Ou é só curiosidade humana mesmo? Será?
Estou aprendendo muito com o livro que estou lendo. Não, não é um livro de auto ajuda, pelo contrário, até mesmo porque se fosse, eu teria ateado fogo nele. Mas o Ouspensky, que é o autor do livro, diz que somos máquinas e máquinas não tem controle de nada que acontece em suas vidas. Sem contar a lei da "oitava", que está fazendo com que eu consiga entender, ao menos um pouco, porque existem tantos altos e baixos em nossa vida. E também porque o amor acaba.
Em todos os ímpulsos que tenho de pegar o telefone e ligar pra ele, eu respiro fundo e abro o livro. Me dá forças pra aceitar que as coisas simplesmente acontecem e não há nada que possamos fazer pra mudá-las. Ao menos que sejamos donos do nosso corpo e nosso pensamento. Mas isso, ao menos para mim, ainda está longe de acontecer.

Caxias


Essa semana foi bem atípica para mim: minhas aulas começaram e eu estou indo para a faculdade com uma alegria no coração que há muito não sentia. Sento na primeira carteira, respondo perguntas dos professores e estou pensando até em criar um centro acadêmico. O coordenador do curso me disse que eu posso até mesmo eliminar algumas matérias, mas eu não quero!haha Dessa vez, vou tentar fazer tudo ao contrário do que fiz na minha outra graduação, e que não deu certo. Matar aula pra ir papear no bosque, ficar horas em frente ao barzinho da faculdade, sair mais cedo pra ir correndo pra alguma festinha, tudo isso ficou no passado. Um passado bom e que eu morro de saudade, mas que não tem mais espaço na minha nova vida acadêmica. É tão bom assistir aulas! Mas isso eu já gostava , mesmo nos tempos de Unesp. O que me espanta é esa vontade insana de que o tempo passe rápido e chegue logo o horário da aula.

Alguns podem até pensar que dei pra ficar louca, mas não nego que estou virando CDF de carteirinha. E com orgulho.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008


A semana passou tão rápido que eu quase não vi.

A minha vontade nesse fim de semana é de sair, beber todas e fingir que ainda sou uma quase-adolescente-universitária. Como nos velhos tempos.

Mas eu sou uma chata-quase-adulta que passa o tempo vago arrumando armários, gavetas, lendo a sorte nas cartas do baralho e mergulhando nos livros. Eita vida besta, meu Deus!

terça-feira, 9 de setembro de 2008


"A palavra é o modo mais puro e sensível de morrer e fazer morrer. " Felix Guattari

Não é pra ter pena, não é drama, não é pra me fazer de coitadinha. É só porque, às vezes, eu gosto de contar o que acontece comigo de verdade e eu chorei hoje e ninguém viu. Eu tenho vontade de chorar todo dia mas não dá pra ficar me derramando em lágrimas. E meu coração vai ficando mais leve quando chega o fim do dia. Tomo banho, leio um pouco, entro no MSN e meus olhos brilham só de ver pessoas que me amam. Mas não preciso de ajuda ou, sei lá, não quero ser ajudada. Enfim. Como disse Nietzsche, Dostoiévski é o único psicólogo que tem algo a me ensinar.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Tempo Rei


Pessoas desocupadas não distinguem fim de semana dos outros dias. Posso dizer que os meus dias têm sido longos e preguiçosos (até as aulas começarem...).
Nesse meio tempo, estou lendo Ouspensky, por indicação da minha tia. Estou gostando muito!
Ás vezes, nessa imensa sobra de tempo, acontece um micro milagre: uma visita! Um amigo pode salvar um domingo. Mas fora isso que é cada vez mais raro, salvar os domingos ou todo o final de semana não é tarefa das mais fáceis, demanda determinação, quase esforço físico... mas eu, felizmente vivo tendo gratas surpresas dominicais: ás vezes é uma das janelinhas verdes piscantes na tela do computador que me dá uma boa notícia, ou me diz algo gentil, mata minhas saudades ou apenas me diverte mesmo; ás vezes, sozinha e esparramada na minha cama, leio alguma coisa que me agride e tenho o resto do dia - se eu quiser - pra digerir aquilo e procurar palavras que traduzam meu espanto, como esse livro que estou lendo; ás vezes alguém inesperado me liga.
E é isso. Vou vivendo de pouco, quase nada.
Ao menos tenho livros para ler. E isso já é muito.

domingo, 7 de setembro de 2008


Hoje eu só quero me sentir bem.
E esquecer que existe mundo além do meu quarto.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Caminhando


Não garanto que você nunca mais verá o meu número no seu telefone. Não digo que você nunca mais ouvirá minha voz chorando, dizendo que está sendo difícil. Mas te garanto que farei o máximo pra que nada disso aconteça.
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Imaginar como será comprar uma roupa sem pensar se você gosta ou não. Um perfume novo, um sapato. Como será isso com outra pessoa que não você. Como será estar no carro sem a mão no seu colo. Como será não poder te cobrir.
Imaginar que talvez a torrada com requeijão não terá mais a mesma graça, ou que uma caixa de bombons pode não ter mais o mesmo sabor. Pensar que não sairei mais do seu banheiro pra passar creme no meu corpo com os cabelos molhados, ou que não é pra você que vou prender a franja e parecer menininha. Como fazer pra esquecer isso tudo?
Espero que você também ache a resposta, porque é assim que vai ser. Porque é preciso.

Da culpa


Tenho me sentido culpada. Devorei o coração puro de um bom menino que só queria me dar amor. É como estar do outro lado do espelho, ver o outro lado da moeda, provar daquele veneno com o qual tantas vezes fui entorpecida. Ainda assim não consigo - nem entendo como conseguem – sentir-me bem. Nem feliz, nem satisfeita, nem indiferente. Pelo contrário, sofro daquele peso na consciência : ‘porque é que não consigo, Deus do céu, gostar de alguém que só me quer bem?’.

O tempo passou na janela


Incrível a capacidade que eu sempre tive pra falar de mim e dos meus sentimentos. Do que eu acho sobre a vida, das minhas angústias. O assunto principal sempre foi a saudade que eu sinto de tudo, as minhas angústias por não saber o que fazer, porque o tempo não volta, as minhas crises existenciais sobre o que eu quero da vida.
Mas não tenho escrito nada que preste ultimamente. Tem sido difícil falar sobre qualquer coisa.

Insensatez


É uma verdade quase absoluta dos relacionamentos dizer que " fila anda". Os mais afoitos dizem ser ela tão rápida que faz tropeçar. Outros, mais exigentes, colocam catraca e pedem senha. Muita gente que eu conheço espalha essa verdade inabalável com um ar esnobe, de quem sabe viver a vida, promovendo a filosofia do "a gente pega, mas não se apega".
A "filosofia do desapego" ensina a fazer a fila seguir em frente, mas deixa um vazio depois que ela passa. Tudo porque é difícil admitir que sofrem por estarem sozinhos e por terem vergonha de assumir que querem um pouco de romance. Eu não sei pra onde essa fila está está andando, mas desconfio que seja ao encontro ao solidão.
Mas quem sou eu pra dizer o que é certo ou errado nesse mundo? Cada um vive de acordo com o que acredita
Eu bem que tentei fazer a fila andar. Mas percebi que o caminho não é mesmo por aí.
O que posso dizer sobre mim mesma é que já passa da hora de doer. Mas há feridas que enganam. Ás vezes a gente acha que é passar um corretivo ou colocar um band-aid, pra tudo voltar ao normal, mas elas ficam ali, insistindo um pouco mais.Nem tudo o que cicatriza para de doer. E as dores sobrevivem apesar das taças de vinho, das sacolas de shopping, das horas gastas e perdidas num salão de beleza, dos livros devorados, da música alta e das noites bem dormidas.
Tranco-me em meu mundo colorido, mas sofro em preto e branco.
Que saudade de você.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008



Eu queria me sentir livre.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008


Eu confesso que tenho um pouco de preconceito com o cinema nacional, mas hoje assisti "Árido Movie" e adorei!!

Recomendo. Vou até postar a letra da música do Nelson Gonçalves, que é trilha do filme.


Naquela Mesa

Naquela mesa ele sentava sempre e me dizia sempre o que é viver melhor

Naquela mesa ele contava histórias que hoje na memória eu guardo e sei de cor

Naquela mesa ele juntava gente e contava contente o que fez de manhã

E nos seus olhos era tanto brilho que mais que seu filho eu fiquei seu fã

Eu não sabia que doía tanto uma mesa num canto, uma casa e um jardim

Se eu soubesse o quanto dói a vida

Essa dor tão doída, não doía assim

Agora resta uma mesa na sala e hoje ninguém mais fala do seu bandolim

Naquela mesa ta faltando ele e a saudade dele ta doendo em mim

Naquela mesa ta faltando ele...

Feliz aniversário


Hoje eu só vim aqui pra desejar parabéns e todas aquelas coisas bem cliches que se diz em dias de aniversário, mas que é a mais pura verdade. Dani, feliz aniversário!! Você faz toda a diferença na minha vida e também na vida de todas as pessoas à sua volta. Eu posso me considerar uma pessoa de sorte, porque você me deixou entrar na sua vida e desde então só tem me acrescentado coisas boas. Sinto muito não poder estar aí, pertinho, e lhe dar o presente que você merece. Mas nem sempre a vida é justa e por isso eu lhe dou esse esse presente aqui, virtual.

Feliz aniversário, querida.


Amo você.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Pois é...

Ao menos vamos poder tomar cerveja, rir de nossas desgraças amorosas e profissionais, ir pra casa dele e falar alto sem ter ninguém pra reclamar.
Por hora.
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Eu fui pra São Paulo nesse final de semana. Revi alguns parentes queridos e muitos amigos distantes. Amigos da faculdade e alguns que trabalharam comigo. Foi ótimo, mas um pouco cansativo... Num desses reencontros, eis que revejo um rapaz pelo qual já fui perdidamente apaixonada. Que me fez até, na época do calor da paixão, a gostar de comer soja. Mas enfim, eis que o mesmo rapaz foi numa das festinhas do tal reencontro (acompanhado da atual esposa), e não tirou os olhinhos da moça aqui.
Banquei a blasé e fiz de conta que ele nem existia. Acho que consegui atingir um alto nível de iluminação. Acho mesmo é que não tem paixão que não acabe. Afinal, paixão e soja não combinam. Tem que ter carne.

Psiu


Mais uma vez, cheguei a conclusão que quem não tem nada interessante pra dizer deve ficar quieta. Nos últimos dias, escrevi alguns posts, até longos, mas depois achei tão sem graça, vazios, nada a ver, sem propósito, que desisti e apaguei. Bom, por isso o silêncio prolongado.

Sim, tem um monte de coisa acontecendo. Algumas muito boas, outras nem tanto, mas nenhuma que eu tenha conseguido expressar em um post minimamente interessante. Acho que têm fases que a vida é pra ser vivida e não escrita, deve ser isso. Posso pensar em 15 assuntos pra escrever, mas não tenho conseguido colocar "no papel" e gostar do resultado do texto. Mas, como eu carrego a culpa eterna nas costas, não consigo ficar sem postar pelo menos alguma coisinha de vez em quando. Pra falar oi. E que continuo cheia de idéias, planos e minhocas na cabeça. E que daqui a pouco a fase muda e volto a despejar essas minhocas aqui no perspectiva. Logo...

Começar de novo


Eu sei que quem lê isso aqui já sabe, mas só pra comemorar(de novo): eu passei no vestibular!! Me sinto mais útil para a humanidade agora.

E decidi que vou prestar concursos. Já que a sorte resolveu caminhar ao meu lado, vamos aproveitar até que ela mude de idéia...