terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Não sei se penso em tudo ou se tudo me esquece..


Sim, como eu já disse, eu estou bem. Mas ainda tem algo que dói, que incomoda, que frustra. Esse mês começou com tudo e um pouco mais, e para mim não é fácil digerir as coisas tão rapidamente. Eu ainda preciso me acostumar com a nova vida que surge, com todas essas novas possibilidades. Há um ano atrás eu tinha acabado de perder um emprego e terminar (?) uma relação com uma pessoa que eu amava muito e me sentia a mais perdida de todas no mundo. Um ano depois, eu estou trabalhando, voltei a estudar, conheci uma pessoa especial, mas há coisas que ainda insistem em bater á minha porta, me fazendo pensar que o passado sempre foi melhor. Mas será que foi mesmo? Eu trabalhava doze horas por dia, mas morava numa cidade que eu amava; eu namorava à distãncia, mas na época eu não me importava; ganhava dinheiro mas não tinha tempo nem de ir pagar as contas, e voltar a estudar tinha se tornado um sonho distante. Mas porque então eu sinto tanta falta disso tudo? Talvez porque eu seja canceriana, sempre ligada ao passado, talvez por medo de encarar e até mesmo aceitar as mudanças naturais da vida, talvez porque eu seja covarde mesmo. Eu não sei.
Só sei que o certo, o mais correto, e o mais saudável para a minha saúde mental seja aceitar as coisas como elas são, sem tentar entender os motivos, as razões, os porquês. Até mesmo porque os 'porques', no meu caso, nunca existem ou são complicados demais pra se entender o final das estórias.
Eu só queria que as coisas fossem mais simples na minha vida. Só isso. Eu só queria poder ir dormir e saber que amanhã ao acordar, as coisas vão continuar sendo boas, que eu vou ter alguém pra ir tomar sorvete comigo aos domingos, que a minha família não vai brigar no Natal, que os meus melhores amigos não vão se mudar pro outro lado do mundo e que o meu amor não vai mais embora, e que eu vou ter alguém do outro lado da cama, pra dizer bom dia ao acordar.
Mas isso está longe de ser simples. Bem longe.

2 comentários:

Anna Oh! disse...

Simples não é, a gente traça comparativos, fica em dúvida, tem vontade de voltar no tempo. Mas a única coisa q nos resta é ir vivendo (assim, no gerúndio mesmo), um passo de cada vez. arriscando um pouquinho a cada dia e perdendo os medos.

Bjussss

Helô Helena disse...

Perder os medos!
Esse é meu lema atual! haha
Ana, vc posta comentários ótimos. Adoro seu blog, sou a maior fã!
um beijão!
Helô