Passei esses dias em off na companhia de pessoas interessantes, vi quase todos os meus amados, falei por telefone com a maioria deles, em quem não ponho os olhos há incontáveis anos, passei dias felizes num lugar bonito e me sinto bem.
Nada a reclamar, mas também nesses tempos de descanso eu acabei me cansando das minhas mentiras. Eu preciso sim de um emprego melhor, eu queria sim ser feliz na vida amorosa.
Mas para mim só dá para considerar vida amorosa, quando além de sexo e beijo na boca, há inteireza e reciprocidade. Eu não tenho a benção de tal simultaneidade: ás vezes é inteiro mas não é recíproco; algumas vezes eu achei que era inteiro e recíproco, mas era só solidão a dois; as vezes até é beeeem recíproco, mas qualquer cego enxerga que não seria inteiro nem no dia de São Nunca... todas essas variações cedo ou tarde doem em alguém. As dores que ficam - e que ficam só em mim, no caso- são as causadas pelas impertinências da vida, os impedimentos, os desencontros.
E como errar é aprender, espero que a vida me dê um pedacinho de delicadeza nos próximo encontros, profissionais ou afetivos, porque pra ser sincera, eu não quero mais vestir minha fantasia de mulher maravilha, não quero mais ser forte, não quero mais minhas mentiras, e nem esse amor pela metade. Quero tudo por inteiro. Quero de volta todas as coisinhas de mulherzinha das quais abri mão, durante esse tempo todo. Inclusive pedir colo.
Bom, mas embora ainda empacada com eternos sentimentos mal resolvidos, alguns sentimentos que passaram e que ninguém viu, me arrancaram sorrisinhos bestas...
E é isso: se vou pra frente, coisas ficam pra trás. Simples como a vida deve ser. Ou deveria...
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